Mais um dia se passou e eu não sei mais que fazer, estou
escrevendo isso bem cedo pela manhã, todas as minhas expectativas está indo
embora, esperanças já não existem mais, estou prestes a enlouquecer, aqui,
sozinho, sem companhia, a única coisa que não me faz enlouquecer, até agora, é
esse diário.
Na semana assada eu lembro que tudo isso não passava de
uma simples doença que, dizia o governo
estar controlado, em três dias tudo se espalhou muito rápido, á dias eu não
vejo uma pessoa que não esteja “morta”, muita gente que eu amava e que,
provavelmente deve estar por ai com “eles”, e sem falar dos que estão nas
mesmas condições que eu estou agora, tudo tende a piorar.
Hoje eu vou tentar sair até, no mínino, o portão da frente
está tudo trancado e eu ainda tenho que procurar as chaves de casa, eu sei que
estão por aqui, mas não me lembro onde. Preciso encontrar alguma coisa para me
defender e potencialmente atacar algum deles.
Ontem eu li algumas revistas e um livro quase todo, meus suprimentos estão acabando, logo terei
que sair daqui e procurar mais.
Resolvi sair de casa hoje, até o portão da frente, já bastou
pra ver que nesses quatro dias que eu estive em casa, totalmente trancado, a
rua, o bairro, a cidade e talvez até o mundo tenha sido “tomando” por eles subi
no muro e olhei para a parte baixa da rua, não havia nada nem ninguém, quando
virei o rosto para o outro lado, havia duas mulheres e um homem parados na
esquina, aparentemente doentes, vagavam pela rua, sem vida, sem alma, só corpo.
Voltei para casa e fiquei pensando, calado, triste
Gabryell Cavalcante
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